terça-feira, 11 de novembro de 2008

A diferença complementa...


Estava cá com meus botões a imaginar o quanto a inconstância faz parte da vida do ser humano, a certeza que se tem hoje, talvez possa ser derrubada por mil e um novos conceitos amanhã.

A capacidade de olhar pra trás e poder ver em você uma pessoa totalmente diferente do hoje é o dom mais precioso que possuíamos. É a oportunidade de organizar erros passados, a possibilidade de ser melhor, a esperança de que tudo muda um dia... E quando esse dia chega, certamente notamos.

Quantas pessoas vem e vão, quantos pensamentos são reformulados, quantas teorias da independência desmoronam com o aparecimento do amor. Ah, aquela velha história do “hoje eu quero, amanhã eu já não sei”, faz do amor algo tão passageiro, tão fácil de ser tocado. E todo aquele mistério e magia do sentimento se perde a juras de amor que passam junto ao tempo e com eles levam vários sonhos pra gaveta. É como construir um castelo de areia à beira mar, se não for forte o bastante, a primeira onda o deixa em grãos. E assim fica o coração daqueles que amam com as palavras, daqueles que julgam o amor, assim como julgamos hoje... algo tão inconstante e adaptável.

“Amar não é que ter sempre certeza, é aceitar que ninguém é perfeito pra ninguém”, já dizia Jota Quest, amar não é uma certeza, mas é a disposição de aceitar que nem tudo é necessariamente do seu jeito, mas dos vários jeitos que possam ser, está ao lado de quem se ama costuma sempre prevalecer. São pesos e medidas, àqueles que no silêncio do sentimento conseguem vencer as adversidades, talvez possua um amor tão maior e notável do que àqueles que amam com as palavras.

As diferenças entre os seres, é a prova viva de que a vida é um aprendizado. Saber falar, saber calar e saber ouvir são as armas mais poderosas contra o desentendimento.

Os opostos se distraem, os dispostos se atraem... Amar é se doar, é abrir os olhos e se atentar aos sinais que a vida dar de que é a sua vez e quando ela chegar, abra o coração, deixe a vibe positiva entrar.

Amar é poder sorrir sem motivo aparente, é ver nas manhãs um brilho maior, mas acima de tudo é saber dividir, sejam as idéias, a cama, o cobertor, os conceitos e receios. E principalmente aceitar as diferenças.

Amar é lembrar que apesar de serem duas pessoas, duas colheres, dois canudos... há apenas um sentimento!

Se há um mercado para a venda, há sempre alguém disposto a comprar


Corrupção eleitoral: a distorção da democracia brasileira

A prática da corrupção eleitoral, ou seja, a compra e venda de votos, é uma das mais fortes causas das distorções da democracia brasileira. O processo eleitoral, sendo esse o mecanismo que define a distribuição do poder político em regimes representativos, dá espaço para a liberdade de escolha e para a competição. Porém essa realidade está longe de descrever o contexto social e político em que os processos eleitorais ocorrem de fato.

Dois terços da população brasileira se encontra em situação de extrema carência, o que não permite a essa classe a aquisição de uma consciência política consolidada. Ao se deparar com uma classe social de baixo poder aquisitivo, políticos abusam do poder econômico e oferecem retorno financeiro e/ou material para garantir o voto dessa parcela da população, o que pode ser fator decisivo nas eleições. Mas esse tipo de comportamento não é exclusivo apenas nas classes sociais mais baixas, o que reflete a má formação política do brasileiro. O clientelismo da população está presente e os políticos tiram proveito dele, seja com a promessa de um emprego, cestas básicas ou o que mais desejarem.

Ao se falar em política, a primeira palavra que por qualquer um será associada é corrupção, assunto que gera muitas reclamações e insatisfações. Mas os eleitores são responsáveis por todos àqueles que ocupam cargos legislativos ou executivos, logo eles representam sim – com ou sem corrupção - os seus eleitores. A partir daí é preciso notar a importância do voto consciente e ético. Se um candidato é capaz de oferecer suborno para adquirir determinado cargo, não seria tão difícil imaginar o que ele faria tendo poder maior em suas mãos.

A busca por um posicionamento crítico e analista durante as eleições, deveria ser dever de todo cidadão que espera um país com melhores condições e realidades diferentes da atual. Alguém já viu algum político incentivando ao voto consciente? Não, eles não fariam isso. Porque quanto mais ignorante for a população, politicamente falando, mais fácil a manipulação e a aquisição de votos com promessas maquiadas e troca de favores, que na verdade a longo prazo o único beneficiado são os próprios candidatos.

O cenário político nacional está sendo representado de forma errônea, onde os representantes, vale lembrar que bons ou ruins por nós escolhidos, estão deixando de lado os interesses da nação, a luta pelo bem comum, para trabalhar interesses particulares. Ou seja, o Brasil se apequenou mediante esses interesses tão pessoais. E onde ficam as promessas de um país melhor? A luta por uma sociedade justa? A luta por interesses coletivos? É o que todos deviam se perguntar. A resposta talvez fosse: o coletivo se tornou singular. Quem foi escolhido para representar o povo, nada mais fez do que representar a si mesmo, envolto de interesses próprios.

Com o objetivo de combater os crimes eleitorais, que acarretam em vários danos a democracia brasileira, foram criadas várias formas para denunciar e lutar contra essa realidade. O Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral (MCCE) é integrado por 37 entidades, todas de âmbito nacional. Onde trabalha em duas frentes: na Lei 9840, que trata da compra de votos e uso eleitoral da máquina administrativa e na Campanha Ficha Limpa, que pretende enviar à Câmara dos Deputados o Projeto de Lei de iniciativa popular sobre a vida pregressa dos candidatos, evitando a candidatura de políticos em débito com a Justiça.

O Ministério Público Eleitoral também está preocupado com a corrupção e os crimes eleitorais. Promovendo mecanismos de conscientização dos eleitores para que votem de forma ética. Para isso, foi implementado o dia D de Combate à Corrupção, realizado no dia 17 de setembro, onde a procuradora regional eleitoral, Niedja Kaspary, e os promotores eleitorais percorreram os bairros populosos de Maceió e do interior, ressaltando a importância do ato de votar e explanando que tanto quem vende quanto quem compra o voto praticam crime – o que acarreta em até quatro anos de prisão, além de pagamento de multa e para quem compra, se for eleito, corre o risco de perder o cargo. Em Alagoas, o Ministério Público Federal, por intermédio da Procuradoria Regional Eleitoral, está oferecendo a população do estado a Cartilha de Combate à Corrupção Eleitoral, que leva a conhecimento da sociedade os seus direitos, a regularidade das eleições e o poder do voto.

As várias ações que buscam orientar e salientar a população que o voto consiste em uma decisão que deve ser tomada com convicção e visando o bem comum, contribui para uma sociedade satisfeita e um futuro que represente as expectativas da nação.

SER MULHER...


É ter coragem, quando na verdade se quer proteção. É dizer o que se pretendia guardar, é chorar em meio a uma multidão por não conseguir segurar, é ver 100kg em 50kg.

Ser mulher é sorrir quando tudo dar errado, é andar por todas as lojas da cidade e não comprar nada. Ser mulher é chorar com aquele filme romântico e procurar um abrigo naqueles de terror.

Ser mulher é ser frágil e saber ser forte. É ter o que dizer, mesmo quando prefere se calar, é se preocupar com o cabelo e com o mundo de uma vez só, é querer ser feliz e fazer alguém feliz.

Ser mulher é esperar um grande amor, mesmo quando este parece está perdido, é sentir o coração disparar com uma ligação. Ser mulher é está sempre linda e insistir em dizer que não se arrumou.

Ser mulher é ter 89% da indústria de moda voltada para nós e ainda sim dizer que não há nada que combine com você. Ser mulher é se magoar com um ‘eu te amo’ não dito, é ouvir aquela música e pensar em alguém.

Ser mulher é saber surpreender, seja com a ousadia de uma roupa ou com o romantismo de um jantar. Ser mulher é ter o poder de gerar uma vida, é poder ser mãe, esposa, filha, amiga e ainda assim ter o encanto de menina.

Ser mulher é ter um dia corrido e no fim fazer um dengo para ganhar um colo, é esperar aquela mensagem inesperada. É saber a diferença entre roxo e lilás. É saber onde estão as meias ou os brincos.

Ser mulher é ter TPM todos os meses, é brigar por ciúmes pelo simples medo de perder. Ser mulher é acordar no meio da noite e querer desabafar. É ter amigas que agüentam crise de choros ou de risos, é precisar de conselhos mesmo quando se tem certeza do que fazer.

Ser mulher é ter a fragilidade e a fortaleza, é ter o sorriso e o choro, é ser sonhadora e realista, é ter a emoção e a razão. Ser mulher é ter esse misto de dons e ainda sim saber usar.

sexta-feira, 25 de julho de 2008

Escrevendo o futuro

No primário as professoras ensinavam que as letrinhas davam as “mãos” formando palavras e sem entender direito, aprendi a unir as tais letrinhas e formar frases, textos e até mesmo historinhas daquelas “eu, papai e mamãe felizes para sempre” e vale lembrar que os desenhos dos personagens estavam limitados as formas geométricas mais simples que possa imaginar, então era freqüente papai com o tronco quadrado e os braços resumidos a um traço. Mas quando o meu papelzinho ficava grudado na porta da geladeira ou guardado na carteira do papai, me sentia como Shakespeare. Sim, eu me orgulhava de todos aqueles rabiscos.

Os livros de histórias que ganhava, aqueles que contava uma vida em apenas 15 páginas e ainda sim conseguiam fazer um final feliz para todos que ali participavam, me fascinavam cada vez mais. As horas criavam asas e eu as perdiam em meio a tantas palavras, que juntas criavam um mundo em minha imaginação. O poder de todas aquelas letrinhas era tamanho que podiam me fazer sonhar uma vida tal qual conheci por meio delas.

Uma paixão surgia, mas ainda desconhecida por mim. A força do tempo e o passar das primaveras me explicam o prazer por escrever as tais historinhas e o orgulho por todas elas. Hoje, aos 19 anos e cursando o 3º semestre de Jornalismo, encontro nas palavras o meu maior dom e confio nelas meu maior sonho.

Aquelas que antes eram apenas lazer, hoje se tornam o meu dia a dia, a minha ferramenta, o meu trabalho e o meu orgulho.

O frio na barriga ao iniciar um texto e as expectativas que coloco a cada vírgula é o mesmo da infância, agora não mais esperando apenas o sorriso e o orgulho da mamãe e do papai, mas o reconhecimento de um trabalho que dedico dia após dia a dar o melhor de mim.

As palavras que antes davam as mãos entre si, hoje dão as mãos a mim e caminhamos para formar um futuro promissor juntas.

Esse espaço é uma forma que encontrei para fazer aquilo que mais gosto de fazer: escrever. Além de compartilhar conhecimentos, pensamentos e praticar.

Obrigada a todos aqueles que aqui passarem :)